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Palavra do Presidente


FBTS - ago/2020

Certificação de pessoas e empregabilidade

Nos últimos 20 anos, a certificação de pessoas em Soldagem foi um instrumento de conquista de melhores condições de trabalho para os inspetores, do alcance de remuneração mais alta e de reconhecimento do profissionalismo que se requer no exercício da atividade de inspeção e controle da qualidade das construções soldadas. Agora, com a crise da economia nacional e do setor de petróleo, esses mesmos profissionais enfrentam as dificuldades da falta de trabalho e suas consequências.

A pergunta que os inspetores certificados nos fazem com frequência é a seguinte: o que a FBTS está fazendo por nós?

Evidentemente, não está ao nosso alcance gerar diretamente novos empregos. Podemos sim fazer chegar, aos tomadores de decisão empresarial, a informação de que a falta aguda de investimentos em novos empreendimentos e obras está destruindo um capital humano, acumulado por décadas, que é essencial ao desenvolvimento do País. Por que essencial? Porque a falta dessas pessoas qualificadas irá aumentar os custos de investimento no momento em que a economia se recuperar e o crescimento voltar a acontecer.

Há, entretanto, um caminho que estamos preparando na FBTS, para poder oferecer àqueles que optam ou optaram pelas profissões da Soldagem. Algo que seja mais permanente, e não apenas uma medida mitigadora temporária do desemprego.

Trata-se de "reconceituar" as finalidades da certificação de pessoas. Ou seja, uma nova maneira de ver a certificação, de tal modo que ela pudesse se transformar em uma trajetória profissional a ser percorrida, a escolha de cada um, para aumentar continuamente a empregabilidade dos profissionais certificados.

Por exemplo, um inspetor de soldagem N1, poderia, com um pequeno esforço adicional, conquistar a certificação como supervisor de soldagem. Detentor de duas certificações, ele poderia atuar em duas equipes distintas: a de produção e a de controle da qualidade. Consequentemente, com esse perfil, sua empregabilidade ficaria aumentada. Cresce também o interesse das empresas, pois um profissional, com essas aptidões, será um fator de aumento da produtividade e de redução de custos e tempos de fabricação ou montagem.

Neste momento, em nosso site, estamos consultando os inspetores de soldagem N1 sobre a adequação dessa ideia. A resposta está sendo em torno de 80%, favorável à proposta.

Naturalmente, várias outras trajetórias de desenvolvimento pessoal poderão ser estudadas até chegar à certificação do Engenheiro Especialista em Soldagem. Pode-se ver também em nosso site, a notícia de que constituímos uma comissão de alto nível para propor a revisão da norma FBTS que regula a certificação de engenheiros e tecnólogos, para justamente ampliar as oportunidades de certificação desses profissionais, sem descuidar da qualidade técnica da certificação.

A indústria está ingressando numa verdadeira revolução provocada pela digitalização em larga escala de produtos e processos produtivos. Movimento nítido nos países mais industrializados e com os primeiros sinais no Brasil. Essa transformação irá requerer um alto nível de capacitação de técnicos e engenheiros, como também destruirá empregos de baixa capacitação.

Devemos, portanto, atuar no sentido de oferecer novas oportunidades de autodesenvolvimento ao pessoal técnico, em benefício da competitividade das empresas e da empregabilidade dos profissionais da Soldagem.

José Paulo Silveira – Conselheiro FBTS – 16/08/2017





 

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